sábado, 6 de outubro de 2012

São Francisco de Assis e os Animais


Queridos,
como todos sabem, dia 04 foi o Dia Mundial dos Animais, em homenagem também ao dia de São Francisco, um santo muito bacana, que amava incondicionalmente os animais.
Recebi um e-mail do Instituto Nina Rosa com uma apresentação linda sobre São Francisco. Reproduzo aqui o texto. Achei lindíssimo, a história deste santo amoroso:


Para São Francisco de Assis, Deus era o pai de todos, de modo que não podia deixar de sentir-se irmão de todas as coisas criadas, de animais e plantas, das estrelas e dos elementos. Seu coração não se sentia menos interessado pelo bem-estar de um pardal, pela sorte de uma flor ou de uma árvore, do que pelos negócios de sua ordem.
Certa vez, no regresso de uma viagem encontrou um lenhador cortando uma árvore.” Irmão, não cortes a árvore inteira, mas dá-lhe uma possibilidade de crescer de novo” disse São Francisco e ofereceu-lhe sua comida como recompensa. 
Outra vez, viu uma lebre apanhada numa ratoeira e correu a ajudar a irmã Lebre a se libertar. Em Siena ajudou as pombas a construir seus ninhos e certificava-se cotidianamente de que não faltava comida aos filhotes. 

Quando comia, por mais frugal que fosse sua refeição, sempre deixava pelo menos algumas migalhas para os Pintarroxos. No inverno repartia sua comida com os animais que  encontrava.

Uma vez, quando ele e outros de seus irmãos estavam comendo seu jantar de Natal à beira da estrada, um bando de corvos pousou nas árvores próximas; Francisco esfarelou um pão sobre a neve e os corvos, e outros pássaros desceram para comer, enquanto Francisco sorridente dizia :
“Se acontecer que me aviste com o Imperador, pedir-lhe-ei que baixe um decreto ordenando que todos na época do Natal espalhem certa quantidade de grãos, por toda a região, como presente aos pássaros”.
Noutra ocasião, quando se dirigia a uma cidade onde deveria pregar, viu no chão uma lagarta, e a depositou sobre uma folha para que não corresse o risco de ser pisada. 

Em Assis, um cordeirinho acompanhava-o onde quer que fosse: seguia-o à capela, e assistia à missa junto com outros irmãos e irmãs.


No lago Rieti, um pescador deu a Francisco um peixe que ele devolveu à água.  
O peixe acompanhou o bote em que Francisco fez a travessia e depois esperou nas águas escuras que Francisco voltasse para ficar perto dele. 

Um faisão que fora dado de presente a Francisco voltou para seu lado espontaneamente, quando ele o pôs em liberdade, preferindo partilhar a vida do frade. 

Certo inverno, quando Francisco chegou em Igúvio para pregar na praça do mercado, encontrou fora das portas da cidade um grupo de lavradores armados de foices e correias. Perguntados onde se dirigiam, responderam que iam apanhar o lobo que estava roubando seus carneiros, cães e cavalos.  “Consenti que vos acompanhe”, disse Francisco. 

Quando alcançaram a floresta e viram o enorme animal atravessando a neve de uma clareira, pediu Francisco:”Deixai-me conversar com ele” e seguiu sozinho ao encontro do lobo. Os lavradores viram com espanto quando a fera esfaimada colocou sua pata sobre a mão que Francisco lhe estendia. Francisco inclinou-se e conversou com o lobo. 

O lobo estendeu-se no chão e começou a lamber os pés de Francisco, que acariciou o animal e fê-lo compreender que deveria acompanhá-lo. Como um cachorro, o lobo se pôs a caminhar atrás dele por todo o caminho, em confiante obediência. 

Juntos chegaram à praça do mercado de Igúvio, onde Francisco pregou o evangelho de amor à multidão que se havia juntado para ouvi-lo, e ver o lobo sentado reverentemente a seu lado. 

Dali por diante, o lobo foi o animal favorito da cidade inteira. Era alimentado pelo povo e, quando morreu, foi enterrado, e sobre seu túmulo erigiu-se uma igreja que o povo deu o nome de São Francisco
da Paz. 

Todos os animais, sem exceção, têm direito à vida.


Texto: adaptação do livro - Os Santos que abalaram o
mundo de René Fülöp-Miller    


Um comentário:

Milene disse...

Uau, texto lindo mesmo, eu nunca tinha lido isso. Adorei, obrigada por compartilhar.
Bjs