Remexendo em uns papeis antigos, achei uma crônica de Sérgio Augusto, publicada na Folha de São Paulo, onde ele fala sobre seu amor aos gatos. Um trecho:
"Das mil e uma observações sobre gatos, poucas se igualam a uma de Dilys Laing, feita em forma de poesia, que reproduzo de memória e em prosa.
Estava o poeta a ler um ensaio sobre o espírito do Zen-Budismo, quando, ao desviar os olhos do livro, avistou seu gato a contemplar o mundo enroscado numa poltrona. "Tai, acho que este é um livro que você gostaria de ler", disse o poeta para o bichano. "Se é que voc~e já não o leu", acrescentou, com um irônico sorriso nos lábios. Ao que o gato espreguiçando-se lentamente respondeu: "Eu só o li uma vez, enquanto o escrevia".
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